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Setor de moda cresce 16% e maior parte é formada por MEIs

Durante a pandemia, diante da crise econômica causada pelo novo coronavírus, quase meio milhão de brasileiros decidiram trabalhar no setor da moda. Em 90% dos casos, os novos negócios foram enquadrados como microempreendimentos individuais. É o que revela um levantamento do Sebrae com base em dados da Receita Federal.

O setor da moda no Brasil apresentou um crescimento de 16%, segundo uma pesquisa realizada pelo Sebrae. E essa elevação na quantidade de novas empresas ligadas à moda ocorreu nos primeiros semestres deste ano e de 2020 comparando o mesmo período de 2018 e 2019.

Novos cases de moda atingem 440 mil

O número de novos negócios do segmento foi de mais de 440 mil. E a maioria identificada é de MEIs que acreditaram em entrar no ramo de moda, mesmo durante a crise provocada pela Covid-19, de acordo com a Agência Brasil.

Um exemplo é o caso da advogada Tali Simis, que foi demitida de um escritório onde trabalhava, por conta da pandemia. E com a perda do emprego e do sustento, então ela resolveu mudar totalmente de carreira e apostar na moda, abrindo uma loja.

Comércio varejista de vestuário e acessórios

Segundo o levantamento do Sebrae, a maior parte destes empreendedores se estabelece no comércio varejista. E domina a área que engloba vestuário e acessórios. Quase 80% dos donos de pontos comerciais foram trabalhar com moda durante o surto de coronavírus.

Moda faz mais vendas pela Internet

Moda é também o segmento que mais faz vendas pela Internet, de acordo com os dados levantados pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas. Ainda, 84% dos microempreendedores da moda utilizam o comércio eletrônico para vender os seus produtos. Este índice é superior à média de 70% dos demais negócios.

Capital de giro e planejamento de estoque

Conforme o Sebrae, para os proprietários de empresas de moda, os maiores desafios à sobrevivência do negócio são capital de giro, com 50%, e planejamento de compras e giro de estoques (27%). Depois vem a questão de os produtos e serviços de moda não serem vistos como essenciais (25%). E também são considerados os controles financeiros pós-pandemia (23%).

Mais de 80% retomaram atividades

Uma análise recente aponta que 84% das empresas da moda retomaram as suas atividades no país. E este resultado passa pouco acima da média do conjunto da economia em todos os setores, que atingiu 81%. Junto a essa elevação, foi constatado, porém, que os pequenos negócios sofreram uma perda de faturamento em torno de 40%.

Investimento em plataformas digitais e delivery

Mas para fomentar as vendas, as estratégias se adaptaram à situação econômica. Então, o investimento em plataformas digitais, cerca de 50%, e delivery (20%), foram as principais medidas adotadas pelas empresas de moda.

Ampliação das ações de vendas on-line

Empreendedores entrevistados afirmaram que nos próximos vão ampliar as ações de vendas digitais (44%) e rever a gestão dos estoques (21%). Também vão implementar a adequação do negócio aos protocolos (20%) e investimentos no visual da loja (16%). Ainda, estão nos planos mudanças na gestão do negócio (12%).

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