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Setor de serviços tem índices de expansão e positividade pelo terceiro ano consecutivo

O setor de serviços das empresas brasileiras teve um crescimento de 2,3% em 2023 no terceiro ano consecutivo. Então, este cenário aponta para a uma expansão dos negócios e boas perspectivas dos empresários. Em dezembro do ano passado, o volume de serviços no país avançou 0,3%, registrando a sequência de mais um resultado positivo.

De acordo com a Agência Brasil, o acumulado nos dois últimos meses do ano passado foi marcado por um avanço de 1,2%. Os números fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A série histórica do levantamento demonstrou que, com a elevação de 0,3% em dezembro, o setor de serviços superou em 11,7% o nível pré-pandemia de Covid-19, em fevereiro de 2020. E, segundo o IBGE, a última vez que o segmento de serviços apresentou crescimento por três anos consecutivos foi entre 2012 e 2014.

Expansão dos serviços frente a 2021 e 2022

Conforme o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, em 2021 e 2022 foi constatada uma base de comparação elevada. Porque esse patamar pode ser explicado tanto pela retomada do setor após o período de isolamento da pandemia quanto por conta dos ganhos extraordinários dos setores de tecnologia da informação e do transporte de cargas. “Então, apresentar expansão sobre dois anos que cresceram substancialmente é algo relevante.”

Serviços de informação e de comunicação

Quatro das cinco atividades dos dados do IBGE chegaram a taxas positivas em 2023. E foi notado ainda que 55,4% dos 166 tipos de serviços avaliados tiveram alta. Os destaques ficaram por conta dos serviços de informação e comunicação (3,4%) e de profissionais, administrativos e complementares (3,7%).

No primeiro, os principais impactos foram do aumento das receitas das empresas que atuam nas áreas de telecomunicações, desenvolvimento e licenciamento de softwares e de programas de computador sob encomenda, tratamento de dados, provedores, serviços de hospedagem na internet, portais, criadores de conteúdo, entre outros serviços on-line.

Da locação de veículos à agência de viagens

Por outro lado, o crescimento ocorreu também na locação de veículos, nos serviços de engenharia, de cobranças e informações cadastrais, nas atividades de intermediação de negócios em geral. Estes e as agências de viagens favoreceram o resultado dos serviços profissionais, administrativos e complementares.

Alta nos serviços de TI e transporte rodoviário

De acordo com Lobo, as atividades que ficaram mais fortes no contexto do pós-pandemia posicionaram o setor de serviços em enquadramentos elevados. “Porque, houve, por exemplo, aumentos consideráveis nos serviços voltados às empresas, notadamente os serviços de tecnologia da informação”, observou.

“Já o transporte rodoviário, com alta de 1,5%, é um segmento que cresceu, num primeiro momento, na esteira do aumento do comércio eletrônico. O segmento também ganhou novos impulsos com a expansão da produção agrícola. Porque se criou a necessidade de transporte de insumos, como adubos e fertilizantes, além do próprio escoamento da colheita”, indicou o gerente.

Serviços prestados às famílias cresce 4,7%

Os serviços prestados às famílias registraram um aumento de 4,7%, fechando, assim, as suas demandas em expansão. Para o pesquisador, o resultado de 2023 seguiu a tendência de 2022. “Com a retomada pós-isolamento da pandemia, há uma redistribuição da renda disponível das famílias. Então, acontece a redução das aplicações financeiras e o aumento do consumo de bens e serviços. Porque estavam mais represados nos períodos de maior incerteza.”

Segundo o IBGE, pela primeira vez, o setor de serviços prestados à família ultrapassou o patamar pré-pandemia em dezembro do ano passado. Essa era a única atividade do levantamento que ainda não havia obtido esse desempenho. No último mês de 2023, houve uma elevação de 3,5%. Então, com isso, os serviços prestados às famílias passaram a ficar no maior nível desde fevereiro de 2016.

Receitas de app de entrega e restaurantes

“É um setor que veio, pouco a pouco, eliminando as perdas da pandemia. Houve uma mudança na configuração das atividades. Os serviços de aplicativos de entrega, por exemplo, acabaram se apropriando de uma parte das receitas dos restaurantes, havendo, assim, uma transferência de receita entre dois setores do setor de serviços”, descreve Lobo.

Indicadores maiores de serviços nos estados

Das 27 unidades da federação, 25 estados alcançaram uma elevação na receita real de serviços. Os resultados positivos ficaram em Minas Gerais (7,7%), Paraná (11,2%), Rio de Janeiro (3,3%), Mato Grosso (16,4%), Santa Catarina (8,0%) e Rio Grande do Sul (4,4%).

Ganhos de serviços nas empresas constituídas

Nesta análise do comportamento conjuntural do setor de serviços no país, foi apontada a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas. Este setor agrega 20 ou mais pessoas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro. Nesta avaliação foram excluídas as áreas de saúde e educação.

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