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Turismo volta a aquecer e deve gerar R$ 171 bilhões na alta temporada

O ritmo das atividades relacionadas ao turismo voltou a aquecer no país. Isso se deve principalmente à flexibilização das restrições sanitárias e ao avanço da vacinação contra a Covid-19 da população, de acordo com informações da Agência Brasil.

Conforme uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de receitas do segmento de Turismo cresceu 49,1% desde o fim da segunda onda da pandemia. Este é o melhor resultado desde fevereiro do ano passado, de acordo com o Índice de Atividades Turísticas.

Turismo deve faturar R$ 171,9 bilhões

Uma análise da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) indica que o turismo no Brasil deve faturar R$ 171,9 bilhões na alta temporada. Esse cenário deve levar o nível de receitas ao patamar de antes do início do surto por volta de maio de 2022.

Preços setoriais apresentaram reduções

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a retomada das atividades está sinalizada pelos preços setoriais. Segundo ele, durante a primeira onda da pandemia, os serviços de turismo ficaram mais baratos. E apresentaram reduções de 6,3% em diárias de hotéis e pousadas, por exemplo. As passagens aéreas também baixaram 28,5% nos últimos meses.

“Porém, a reativação da demanda e, principalmente, o aumento das tarifas, como energia elétrica, vêm pressionando praticamente todos os preços da economia”, avalia o dirigente. Conforme a Confederação, só neste ano, o custo da luz teve elevação de 24,97%. Então, o peso é maior, pois os gastos com energia são, em média, 19% das despesas que envolvem os serviços de hospedagem e 15% restaurantes e bares.

Serviços no turismo abaixo da inflação

Mesmo assim, de acordo com a CNC, de março de 2020 a outubro de 2021, a variação dos preços dos serviços turísticos ficou abaixo da inflação: 7,8%. O índice inflacionário medido pelo IPCA-15 foi de 11,8%). Também alguns serviços do setor tiveram preços inferiores aos praticados antes do início da crise sanitária. Na hospedagem foi -5,7%), transporte por aplicativo (-6,7%) e passagens rodoviárias intermunicipais (-10,7%).

Saldo positivo nos postos de trabalho

O estudo ainda indica que a flexibilização gerou postos de trabalho formal nas atividades relacionadas ao turismo neste ano. Entre janeiro e setembro, antes mesmo de ter início o período de contratações à alta temporada, as empresas registraram um saldo positivo de 167,53 mil novos funcionários. A maioria destas vagas, mais de 126 mil, foi gerada a partir de maio.

Bares e restaurantes com mais oportunidades

Fabio Bentes, economista da CNC, responsável pela pesquisa, considera que o segmento que mais tem oportunidades temporárias de trabalho nesta época do ano é o de bares e restaurantes. “Para a temporada iniciada este ano, o ramo deverá responder por 77,5% ou 63,4 mil vagas”, aponta.

Hospedagem também é destaque de vagas

Outra área que costuma se destacar, segundo o economista, é a de hospedagem. Historicamente, oferece a quase totalidade (97,2%) das suas vagas temporárias ao longo de 12 meses. “Para a alta temporada 2021/2022, esse ramo deverá responder por 13,8% (11,2 mil) do total de empregos criados no turismo.”

Em relação às vagas preenchidas no setor, os principais profissionais a serem contratados durante a próxima alta temporada deverão ser recepcionistas (14,49 mil postos), cozinheiros e auxiliares de cozinha (8,09 mil vagas), camareiros (7,30 mil), garçons e auxiliares de salão (4,76 mil) e auxiliares de lavanderia (7,76 mil).

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