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Pequenas indústrias reduzem desperdício e investem em pesquisas

Os microempreendimentos e os negócios de pequeno porte gaúchos na área industrial estão focados na redução do desperdício. Ao mesmo tempo, se direcionam a investimentos na pesquisa e desenvolvimento de novos processos e produtos.

Segundo um levantamento do Sebrae, que ouviu 400 empresas, a minimização de desperdícios já atinge 17,5% deste grupo. Também a pesquisa e desenvolvimento de produtos chegam a 15.6% destas firmas. Ainda a pesquisa e desenvolvimento de novos processos registra 11,9%. O estudo identifica estas estratégias de inovação como as principais adotadas pelas empresas em sua rotina de atuação.

Indústrias pequenas e grandes players

Os dados do setor fazem parte de pesquisa realizada pelo Polo Sebrae de Indústria, criado este ano. Ele deve se tornar um hub de conhecimento e de conexão. A ideia é ligar as indústrias de pequeno porte aos grandes players do mercado. O polo é articulado pela unidade gaúcha do Sebrae e funcionará como referência à atuação da organização em nível nacional.

“Buscamos agir em convergência com os atores que são fundamentais para o desenvolvimento da indústria, focando na compreensão dos gaps de competitividade. Agregando aos esforços que já existem nesse sentido, conseguimos potencializar a produtividade da nossa indústria”, enfatiza o diretor técnico do Sebrae RS, Ayrton Ramos.

RS tem mais de 130 mil empresas

Com uma representatividade de 10% no segmento industrial brasileiro, o Rio Grande do Sul agrega mais de 130 mil empresas do setor. E mais de 95% são empresas de pequeno porte. Então, o polo terá três pilares estratégicos para nortear a atuação destes pequenos empreendedores. E estes pilares são a competitividade, Indústria Inteligente (Indústria 4.0) e ESG (ações ligadas ao meio ambiente, social e governança).

Carga tributária e capital de giro

Quando se trata de desafios e oportunidades das MPEs da indústria gaúcha, o levantamento apontou a alta carga tributária das empresas como questão principal, com 22,2%. A falta de capital de giro vem em seguida, com 18,2%. E a competição acirrada de mercado, especialmente frente a fornecedores asiáticos, marcou 11,8% na busca por posições.

Geração de empregos e inovação

De acordo com o Sebrae, as fábricas são fundamentais para a geração de empregos e para a inovação. “As pequenas manufaturas, ao se aliarem em encadeamentos produtivos com os grandes players, podem ser peça-chave de uma nova lógica de agregação de valor.” Então, segundo a entidade, o polo surge para dar apoio ao alcance da produtividade e da integração na cadeia industrial.

Matriz operacional no Estado: 90%

Segundo a pesquisa, ainda há dados que indicam que quase 90% dos donos de empresas possuem pelo menos parte dos seus fornecedores com matriz operacional no Estado. Outros 45% destas empresas de tamanho pequeno possuem fornecedores exclusivamente gaúchos.

As MPEs são empreendimentos de faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. As microempresas, possuem no máximo, 19 colaboradores. E as pequenas empresas podem contratar entre 20 e 99 funcionários, dentro das regras do regime tributário.

Alimentos, calçados, vestuário, couro e móveis

Conforme as classificações do Sebrae, estes nichos empresariais englobam alimentos, produtos de metal, máquinas e equipamentos, couros e calçados, vestuário e acessórios e móveis. Também podem atuar com veículos automotores, reboques e carrocerias, borracha e plástico, materiais químicos e minerais não-metálicos.

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