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Brasil terá moeda digital para agilizar e até reduzir o custo de transações empresariais

O Banco Central (BC) anunciou esta semana a moeda digital brasileira, o Drex. E, segundo a instituição financeira, a solução, conhecida também por Real Digital, irá propiciar um ambiente seguro e regulado para a geração de novos negócios. Também deverá facilitar o acesso de empresários aos benefícios da digitalização da economia.

A ideia da moeda digital é facilitar a vida de cidadãos e dos donos de empreendimentos. E, certamente, irá impactar o dia a dia das atividades empresariais. Porque é uma nova representação do real, o dinheiro do nosso cotidiano, mas agora em plataforma eletrônica.

Esta nova forma de transação monetária será feita em uma base com tecnologias que permitem a prestação de serviços financeiros de forma eficiente e democrática, de acordo com o BC. Assim, do mesmo jeito que o Pix facilitou os serviços de pagamentos, o Drex virá para tornar acessível os créditos, investimentos e seguros.

“O Drex vai trazer mais rapidez, praticidade e menor custo para várias transações contratuais e financeiras que fazemos atualmente”, explica o diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central, Maurício Moura.

Entenda como irá funcionar uma transação com o Drex

Em uma venda, por exemplo, com a função de programabilidade do Drex não importará quem irá fazer o primeiro movimento. Porque o contrato comercial só será concluído quando os valores e os bens forem transferidos de forma simultânea. Se uma das partes falhar, o montante pago e o produto voltam para as suas fontes.

Smart contracts poderão ser viabilizados através do Drex

De acordo com o BC, tecnologias de registros distribuídos (DLT, do inglês Distributed Ledger Tecnology), que são ferramentas similares à blockchain, podem ser viabilizadas pelo Drex. Elas permitem a automação de transações financeiras através de programas que rodam de forma segura em redes DLT.

Nesta fase inicial de testes para a implantação do real tokenizado, está sendo desenvolvida em Hyperledger Besu, que é uma plataforma que incorpora smart contracts. Assim, a programabilidade através de smart contracts é uma parte fundamental do funcionamento do Drex.

Sistema de negociações inteligentes seguiu moldes do Pix

O processo de ideação do Drex seguiu os moldes do desenvolvimento do Pix. Conforme Moura, uma boa marca “ajuda no reconhecimento e na familiaridade com o produto”. Na marca Drex, a combinação de letras forma uma palavra com sonoridade forte e moderna: “d” e “r” fazem alusão ao Real Digital, o “e” vem de eletrônico e o “x” passa a ideia de modernidade e de conexão.

Para o executivo, o Pix é um sucesso incontestável e difícil de igualar, mas o BC pretende usar as lições aprendidas com essa ferramenta de transações financeiras para fazer do Drex uma plataforma muito popular. “Desde o seu lançamento, o Pix logo foi incorporado como palavra corrente na rotina do brasileiro. Hoje todos falamos em fazer um Pix. Em breve, também falaremos: vamos usar um Drex.”

Haverá custo para o Drex? E como será feita a cobrança?

O custo que será associado ao Drex estará vinculado ao serviço financeiro que for prestado pela instituição ofertante. Caberá à instituição definir o valor para o serviço ofertado. Mas deverá seguir a regulação e considerar o ambiente competitivo. No caso, a utilização da moeda digital pode até mesmo ser gratuita ou significativamente inferior à cobrança de serviço similar anterior à adoção do Drex.

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