Um acordo assinado entre o Sebrae e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos deverá fomentar o mercado de exportações para as pequenas empresas brasileiras. A meta também é elevar o nível de competitividade desses negócios no exterior.
A iniciativa deverá atender, em uma primeira fase, cerca de 300 empreendimentos com potencial de internacionalização de vendas. O objetivo da parceria é de transformar, no mínimo, 20% dessas empresas em marcas exportadoras, em até três anos.
A parceria foi assinada em um encontro virtual que teve a presença do Secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Da Costa; do presidente do Sebrae, Carlos Melles; e do presidente da ApexBrasil, Sergio Segovia.
O secretário apontou que essa acerto de cooperação é uma das mais transformadores atualmente em curso no país. Segundo ele, a internacionalização dos negócios de pequeno porte é um “forte indutor” de crescimento da economia.
MPEs representam 99% das empresas brasileiras
“Os pequenos negócios representam 99% das empresas brasileiras e são responsáveis pela manutenção do emprego, mesmo com a pandemia. Mas ainda encaram um sério desafio que é a questão da produtividade”, considerou.
Aumento no nível de produtividade e competitividade
De acordo com Da Costa, ao expandirem suas atividades para o mercado global, esses empreendimentos terão, como consequência direta das exportações, a superação em níveis consideráveis de sua produtividade e competitividade.
Pequenos negócios respondem por 1% das exportações
Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, apesar de representarem em torno de 38% das firmas que exportam, as micro e pequenas empresas são as responsáveis por menos que 1% das vendas brasileiras para o exterior.
Ele considera que há um “potencial enorme para explorar”. Na sua análise, o aumento da participação das MPEs no volume de exportações também deverá gerar milhões de novos empregos, além de fortalecer a atuação fora do país.
Segovia destacou outras questões que envolvem a parceria como a “importância da valorização das Indicações Geográficas” brasileiras. “As IGs têm uma vocação natural para a exportação”, citou. Também frisou que a parceria tem o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Essa base, conforme ele, “vai fortalecer a atuação das nossas IGs no mercado internacional”.
Subsídios para empresários ligados às exportações
Para o presidente da ApexBrasil, ainda, as ações de qualificação e a geração de inteligência de mercado irão dar subsídios aos empresários brasileiros às exportações. Dessa forma, os donos de negócios brasileiros estarão fortalecidos para ampliar a competitividade das suas micro e pequenas empresas no âmbito de negócios internacionais.