Mais de 1,4 milhão de negócios no Brasil foram abertos de maio a agosto de 2021. E isso representa 26,5%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são do último boletim Mapa de Empresas, do Ministério da Economia.
Entre maio e agosto deste ano, foram abertos no país 1.420.782 negócios, cerca de 1,9%, em relação ao primeiro quadrimestre de 2021. Em setembro, o número de novos empreendimentos em atividade foi de 252.840, de acordo com o Brasil 61, hub de comunicação regionalizada.
Setores de serviço e comércio com empresas ativas
A maioria das empresas ativas no segundo quadrimestre de 2021 são do setor de serviços, com 48,2%. Em segundo lugar, vem o comércio, com 33,2%. Com índices mais baixos, vêm a indústria de transformação, com 9,4% e a construção civil (7,9%).
Recuperação gradual em relação a 2020
Esse cenário positivo contrasta com o de 2020, primeiro ano de pandemia. Neste ano, 75 mil estabelecimentos comerciais fecharam as suas portas, conforme a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Os micros e pequenos negócios responderam por 98,8% das empresas fechadas.
Além da evolução gradual dos índices de 2021, o levantamento do governo também identificou a queda no tempo médio para abertura de uma empresa. As informações da plataforma Governo Digital apontam que o prazo atual é três vezes menor que o no início de 2019. Agora são dois dias a menos, o que facilita o processo burocrático para o empreendedor.
Crédito para colocar os negócios em operação
E quando o assunto é o crédito para colocar os novos negócios em operação, há alguns programas disponíveis no mercado. Em agosto, foi instituído o Sistema Nacional de Garantias de Crédito (SNGC). Ele tem a proposta de facilitar o acesso de microempresas e empresas de pequeno porte ao crédito simplificado.
De acordo com o governo federal, este sistema recém-lançado deve estimular a competição entre as instituições bancárias e a competitividade de mercado. Proporcionando facilidades para o crédito, acaba contribuindo também para a retomada da economia.
Os fundos que já existem há mais tempo também poderão participar do novo sistema. Entre eles estão o Fundo de Garantia de Operações (FGO), do Banco do Brasil. Este recurso garante os créditos no âmbito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). É possível contar ainda com o Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Planejamento é essencial ao abrir negócios
O empreendedor que quer abrir um negócio, porém, deve começar por um bom planejamento. E a assessoria de um escritório de contabilidade faz a diferença neste momento. Pois estrutura os objetivos do empresário, assim como toda a parte funcional da empresa.
Capital de giro para passar por crises
É preciso estar atento à definição de capital de giro mínimo, por exemplo. Essa programação é crucial pois pode construir a base da empresa para passar por crises de mercado. Ter um bom plano de negócios também é outra meta importante, ainda mais com o suporte profissional de um contador. Outros profissionais também serão determinantes no apoio funcional como um administrador e até um advogado.
Mas se você quer mesmo abrir uma empresa terá que saber em que segmento vai se enquadrar. Pois há procedimentos diferentes para quem quer ser um Microempreendedor Individual e para quem quer abrir um negócio de pequeno porte, por exemplo.
Registros municipais, estaduais e federais
A microempresa (ME) exige, entre outras providências, o registro na prefeitura da cidade onde está estabelecida ou na administração regional do município. Também será registrada no Estado, na Receita Federal e na Previdência Social.
Faturamentos anuais determinam o regime
No regime da ME, deve-se considerar um faturamento anual de até R$ 360 mil. E o número de sócios vai depender da natureza jurídica escolhida. Já o Microempreendedor Individual (MEI) terá o faturamento de até R$ 81 mil por ano. Ele poderá contratar apenas um funcionário e não poderá ter sócios.
Plano de negócios: como a empresa atuará
Mais uma vez o planejamento é o primeiro passo para abrir uma ME. O dono da empresa precisa fazer um plano de negócios. Será um documento que descreve como sua empresa irá atuar. Neste relatório é necessário ter informações como descrição dos produtos e serviços, modelo de negócio utilizado, setor e ramo de atividade, público-alvo, plano operacional e financeiro.
Contrato social define existência jurídica
Outro processo importante para começar a empreender é a elaboração do contrato social. Este documento conterá todos os dados do negócio que serão utilizados para estabelecer a sua existência jurídica. Geralmente, cabe ao contador elaborar o contrato, pois terá a capacidade de incluir todos os dados necessários. Depois, deve-se registrar o contato junta comercial ou cartório da região onde a empresa irá exercer as suas atividades.
Inscrições, alvarás e licenciamentos específicos
Outra obrigação na abertura de empresas é fazer a inscrição estadual ou municipal. Os empreendimentos do setor comercial, por exemplo, se direcionam ao registro no Estado, já que farão o recolhimento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). As empresas de serviços devem fazer a inscrição no Município pois irão recolher o ISS (Imposto Sobre Serviços).
Por último, mas não menos importante, você deverá fazer o licenciamento do seu empreendimento. Isso disponibilizará à empresa o acesso ao alvará de funcionamento. Também devem ser providenciados outros alvarás e licenças específicas, considerando questões específicas como riscos ambientais ou trabalhistas associados ao ramo do negócio.