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Donos de pequenos negócios querem crédito sem juros e redução de impostos

Crédito sem juros e ajuda à subsistência do empresário são as necessidades mais emergenciais dos proprietários de pequenos negócios no Brasil. Os empreendedores deste setor aguardam por essas demandas através de políticas públicas do governo federal.

As sugestões são resultado de uma pesquisa feita pelo Sebrae juntamente com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Outras propostas foram apresentadas pelos empresários como a redução de impostos e taxas e o fomento das linhas de crédito.

O levantamento foi realizado com mais de 10 mil donos de pequenos negócios em todos os estados brasileiros. Os entrevistados são Microempreendedores Individuais (MEI) e proprietários de Microempresas ou de Empresas de Pequeno Porte.

Otimismo na recuperação da economia

Mesmo com o cenário de crise em decorrência da pandemia do novo coronavírus, os empresários demonstraram otimismo em relação à recuperação da economia. A maioria (48%) dos empreendedores acha que a normalidade deve vir em até seis meses.

Já 37% dos donos de pequenas empresas estipulam que a situação deverá estar melhor entre sete e 12 meses, enquanto que 15% dos empresários consideram que o “fôlego” deve voltar ao normal somente depois de passado um ano.

Empresas de pequeno porte são maioria no país

De acordo com o presidente do Sebrae, Carlos Melles, as empresas de pequeno porte no mercado brasileiro são mais de 99% de todas os negócios existentes e respondem por quase 30% do PIB nacional.

“Os pequenos negócios são fundamentais à economia. Precisamos preservar essas empresas. As micro e pequenas empresas são as que se recuperam mais rapidamente de uma crise, voltando a gerar emprego e renda”, destaca Melles.

Crédito especial para pequenos negócios

Uma das iniciativas neste sentido foi a sanção de uma nova linha de crédito voltada ao segmento. O Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) criou um crédito especial de R$ 15,9 bilhões.

Segundo o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia, Carlos Da Costa, é muito importante que todos os segmentos recebam atenção. “Mantemos diálogo constante com representantes das empresas para que possamos atravessar esse momento.”

Para ele, o crédito é uma “obsessão”. “E continuamos trabalhando para simplificar e aperfeiçoar cada vez mais a oferta de recursos. O crédito precisa ser acessível e ter um custo justo, compatível com a realidade das empresas”, avalia Da Costa.

Empréstimos sem juros e auxílio de subsistência

Na pesquisa foram enumeradas as medidas governamentais que seriam mais impactantes no setor como os empréstimos sem juros, item que teve 61% da escolha dos empresários.

Na sequência veio o auxílio temporário para subsistência do empresário e da sua família, com 51% de indicação, e o aumento das linhas de crédito, com 48%. As reduções de impostos e taxas foram apontadas por 44% dos empreendedores.

Com 33%, ficaram a redução dos juros dos empréstimos e a redução das tarifas de água e luz. Já a moratória de dívidas (aluguel, água, luz) ficou com 30% da preferência dos entrevistados.

A renegociação dos prazos de pagamentos de impostos e taxas teve 29% dos votos, a ajuda para pagar aluguel, 24%, e ajuda para pagar salários, 17%. Por último, se posicionou a renegociação dos prazos de pagamentos de água e luz, com 16%.

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