As empresas de turismo no Brasil atingiram neste ano o seu maior faturamento para um mês de maio desde 2014. A informação é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O volume de receitas registrou R$ 36,1 bilhões. Houve um aumento de 8,6% comparado ao mesmo mês de 2022. E na comparação com abril de 2023 o crescimento foi de 4%.
De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, além da empregabilidade, as empresas de turismo têm retomado a sua receita com o desenvolvimento de novos negócios e atração de investimentos estrangeiros. Segundo ele, há outro indicador significativo desse movimento positivo. A média de fluxo de aeronaves nos dez maiores aeroportos do país voltou, em maio, ao nível que era observado antes de ocorrer a pandemia.
Câmbio e infraestrutura são boas opções para o estrangeiro
Considerando o impulso do turismo interno, as empresas de turismo identificam o alto custo para viajar ao exterior ao mesmo tempo que existe uma grande oferta de produtos turísticos brasileiros. Se for levada em conta a ótica do viajante estrangeiro, o câmbio e a infraestrutura voltada ao turismo internacional tornam o Brasil uma boa opção de viagem.
Mais empresas de turismo e mais oportunidades de trabalho
O número de empresas de turismo está em alta, segundo as análises da Confederação. Em maio de 2023 havia 10% mais empreendimentos do que no mesmo mês do ano passado. Esta lista inclui agências de viagem, serviços culturais, de hospedagem, bares, restaurantes, transporte de passageiros, aluguel de veículos, entre outros.
Diante do fortalecimento da atividade econômica envolvendo as empresas de turismo, foram criadas entre janeiro e maio 64,2 mil vagas de emprego. Destas oportunidades, 9,6 mil surgiram somente em maio. Para este ano, a projeção da CNC é de uma geração de 101,6 mil novos postos de trabalho, conforme a Agência Brasil.
Locação de veículos, serviços culturais e bares e restaurantes
Embora seja frequentemente associado a agências de viagem e hospedagem, os serviços de turismo que tiveram maior crescimento de estabelecimentos foram locação de veículos, com 12,4%, serviços culturais (11,5%) e bares e restaurantes (10,9%).
Avanço médio dos preços no setor turístico atingiu 6%
A CNC ainda constatou o crescimento das empresas de turismo, mesmo com a inflação mais intensa no setor do que na economia em geral. Enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulava 2,95% em maio, o avanço médio dos preços no setor turístico foi de 6%.
Os maiores aumentos sinalizados pela entidade foram registrados nos valores dos pacotes turísticos, com 10,5%, e de hotéis e pousadas, com 15,8%. Já os preços aplicados aos transportes por aplicativo registraram uma queda de 4,6% para o consumidor.