O número de empresas abertas no segundo quadrimestre deste ano no Brasil bateu recorde: 1,4 milhão. A informação é do Boletim do Mapa de Empresas, do Ministério da Economia. Os novos empreendimentos em funcionamento de maio a agosto atingiram 936.229. O saldo é a diferença entre todos os negócios abertos (1.420.782) e fechados (484.553) no período.
O total de negócios ativos em todo o país é de 18.440.986. O crescimento é uma tendência já observada nos quadrimestres anteriores, em que o número de empresas abertas superou a marca de 1 milhão. A alta mais acentuada de maio a agosto deste ano representa um aumento de 1,9% em relação aos quatro meses precedentes e de 26,5% em comparação com o mesmo período de 2020.
Processo ágil na abertura dos negócios
Para o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Caio Mario Paes de Andrade, as etapas do processo de abertura de empresas têm respostas automáticas para o empresário. “Isso evita deslocamentos desnecessários por parte dos empreendedores e fornece procedimentos mais ágeis. Os recordes em registros de novas empresas reforçam cada vez mais a opção do brasileiro pelo empreendedorismo e criação de novos negócios”, ressalta Andrade.
Comércio varejista tem maior fluxo
O levantamento identificou que o segmento com maior fluxo de novos negócios foi o do comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, com 82.943 empresas abertas. Foi registrado uma elevação de 11% em relação aos primeiros meses de 2021 e de 20,7% em relação ao 2º quadrimestre do ano passado. Outros setores que se destacaram foram os de promoção de vendas (67.888 empresas abertas), cabeleireiros, manicure e pedicure (46.137) e obras de alvenaria (45.957).
Empresas abertas em cerca de dois dias
Segundo a pesquisa, o ambiente de negócios brasileiro também demonstrou um desempenho positivo com relação ao tempo de abertura de empresas. O tempo médio no segundo quadrimestre foi de 2 dias e 16 horas. São 13 horas a menos do que o estabelecido nos primeiros quatro meses do ano. Na comparação com o mesmo período de 2020, nota-se uma redução de 5 horas.
“O tempo médio para ter uma empresa aberta no país voltou a apresentar queda nos últimos meses, reflexo dos avanços dos órgãos federais, estaduais e municipais em direção a um processo mais ágil e simplificado”, comenta o diretor do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração (Drei), André Santa Cruz.
Otimização do processo requer qualificação
Especialistas da área consideram que a simplificação nos procedimentos, através de novas tecnologias e legislações, facilita a rotina de trabalho e incentiva quem busca empreender.
Assim, ocorre a otimização dos processos na hora de abrir uma empresa, proporcionando um ato seguro e eficiente. Ainda mais quando o empreendedor está assessorado por uma equipe qualificada e atualizada.
Empreendimentos de pequeno porte à frente
Dentro do espectro das empresas abertas, a liderança fica com os pequenos negócios à frente do ranking. E com as portas abertas, abrem-se também as oportunidades para os trabalhadores e fomenta-se o ciclo econômico.
No acumulado do ano, as micro e pequenas empresas foram responsáveis por aproximadamente 70% dos postos de trabalho gerados no país, de acordo com dados do Sebrae. “Os pequenos negócios são os primeiros a sentir os efeitos de uma grande crise, mas também são os primeiros a conseguir se recuperar, inclusive pela sua estrutura mais enxuta”, analisa o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
Microempresas são a base da economia
No dia 5 de outubro foi comemorado o Dia das Micro e Pequenas Empresas (MPEs). E esses empreendimentos de pequeno porte são os que formam a base da economia. Eles representam 98% do universo empresarial do país e respondem por 27% de tudo o que é produzido.