A maquininha de cartão de crédito está sendo usada pela maioria dos proprietários de micro e pequenos negócios no Brasil. Nos últimos cinco anos, houve uma elevação de 17 pontos percentuais no volume de empreendedores que utilizam essa modalidade de pagamento.
De acordo com uma pesquisa do Sebrae, em 2016 eram cerca de 39% dos empresários que usavam as maquininhas. Neste ano, o índice subiu para 56%. Conforme os entrevistados, o uso deste recurso resulta na satisfação dos clientes e no aumento das vendas.
Utilizando a maquininha de cartão de crédito, os proprietários das empresas consideram a questão “segurança” já que não precisam manter dinheiro em espécie no caixa. Também, outro benefício seria a redução da inadimplência e um faturamento maior.
Demanda por mais de uma maquininha de cartão de crédito
Outra constatação do levantamento é que os empresários de empreendimentos de pequeno porte estão se preocupando em ter mais de uma maquininha de cartão de crédito. Em 2016, 27% dos donos de negócios tinham mais de um equipamento. Já em 2021, esse percentual saltou para 41%.
Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, os empreendedores precisam acompanhar as tendências de mercado e se adequar às exigências dos consumidores. “Cada vez menos as pessoas usam dinheiro em espécie ou cheque. E não oferecer esse serviço pode significar algumas vendas perdidas”, considera o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
Fornecedores do equipamento são pesquisados
A pesquisa indicou que os empresários pesquisam bastante sobre os fornecedores de maquininha de cartão de crédito antes de adquirir o serviço. Também a taxa mais barata cobrada pelo sistema foi o diferencial para 76% dos entrevistados.
Outro dado em destaque é o número maior de operadoras e de marcas usadas nos negócios, na busca de serviços com menores taxas e maior qualidade. “A concorrência ajuda a reduzir custos para a manutenção desse meio de pagamento. Com um grande volume de operadoras, há melhores condições e serviços ofertados”, indica Melles.
Cerca de 35% optam pela diversidade de marcas
Conforme os dados sobre o uso da maquininha de cartão de crédito, em 2016, 51% dos equipamentos operados pelo segmento de pequeno porte eram da Cielo. Cinco anos mais tarde, a marca responde por 19%. Em 2021, 35% dos empreendedores optam por uma grande diversidade de fornecedores.
Preços diferenciados para diversos tipos de pagamento
O levantamento ainda apontou que pouco mais da metade dos empresários (51%) tinha conhecimento de que a lei permite praticar preços diferentes conforme a forma de pagamento (dinheiro, cartão de débito, crédito ou boleto bancário). Nos dados referentes a 2018, esse percentual atingiu 54%.
Quarenta e nove por cento dos entrevistados não sabiam que a legislação permite praticar preços diferenciados para os diversos formatos de pagamento das compras. E 1/3 pratica preços diferentes “sempre” ou “quase sempre”.
Recebimento das vendas por cartão antecipado
Também foi constatado que reduziu a proporção de empresas que dão desconto nos pagamentos em dinheiro. Foram 70% em 2018 e 56% em 2021. Por outro lado, cresceu o número de empreendedores que antecipam o recebimento das vendas por cartão. O volume aumentou de 31% em 2018 para 45% neste ano.
Ainda, segundo a pesquisa com empresários brasileiros, é pequena a proporção de firmas que têm problemas com maquininha de cartão de crédito: 14%. A reclamação de maior incidência foi em relação a conexão (45%). E a redução de taxas na operação foi a sugestão mais indicada pelos entrevistados (73%).