Os comerciantes brasileiros estão mais otimistas neste mês segundo uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) cresceu 12,2% em junho comparando com os dados de maio.
Essa foi a primeira elevação da confiança de empreendedores no ano, após cinco episódios de queda consecutivos. Na comparação com junho do ano passado, os empresários do comércio demonstraram uma confiança de 47,6%.
De maio para junho, o principal impulso foi observado no item condições atuais, que subiu 19,3%, puxado pela satisfação maior com a situação atual da economia (29,3%). Também, quanto ao futuro, os empresários estão otimistas: 11,6%. E ainda a intenção de investimentos cresceu 8%.
Aumento de 137% em confiança na economia
Comparando a junho de 2020, foram constatadas altas de 71,8% na avaliação dos donos de comércio sobre as condições atuais. O aumento foi de 137% na confiança em relação à economia, de 53,9% nas expectativas e de 26,5% nas intenções de investimento.
De acordo com a CNC, houve uma percepção positiva do empresariado do comércio sobre a atividade econômica. Ainda, as vendas aumentaram no mês puxadas pelo Dia dos Namorados, além da participação do auxílio emergencial.
Condições do setor do comércio são positivas
Segundo o levantamento da Confederação, as análises dos donos de comércios sobre as condições do setor e de suas empresas também se elevaram de forma significativa: 18,2% e 13,7%, respectivamente.
O subíndice de expectativas cresceu 11,6% em junho comparado a maio, segundo os dados. As perspectivas para a economia também foram melhores (13,8%). O segmento teve uma elevação de 11,0% e os empreendimentos, de 10,1%. O subíndice de intenções de investimentos cresceu 8,0%.
Pequenas empresas contribuem ao otimismo
Conforme o estudo da CNC, os negócios de pequeno porte contribuíram para o positivismo do Icec em junho. Segundo o economista Antonio Everton, responsável pela pesquisa, “a percepção de recuperação” tende a beneficiar empresas deste tipo, “uma vez que mais pessoas estão circulando nas ruas e a vacinação segue pelo país”.