A quantidade de empresas ativas no Brasil aumentou de maio a agosto, atingindo uma cifra de 19,28 milhões de empreendimentos. O mercado brasileiro possui hoje quase 1 milhão de negócios ativos a mais do que os existentes há seis meses. As informações são do Boletim do Mapa de Empresas, divulgado neste mês pela Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, do Ministério da Economia.
Para a pasta, essa elevação no número de empresas ativas pode ser devido à diminuição no tempo médio de abertura de um negócio no país, que caiu quase pela metade. Essa tendência de queda já vem acontecendo há cerca de dois anos, de acordo com o Ministério da Economia.
De acordo com o governo, a redução no tempo de abertura de uma empresa é o resultado de medidas de simplificação da Lei da Liberdade Econômica e também da transformação digital no processo. Atualmente, o empresário leva quase três dias para abrir uma empresa. Em janeiro do ano passado, o tempo era de cinco dias, aproximadamente. A meta é reduzir a apenas um dia.
Expectativa é de ampliação no número de empresas ativas
Segundo o secretário especial adjunto, Gleisson Rubin, a expectativa é que o número de empresas ativas continue a subir. “Em todos os outros anos, o último quadrimestre do exercício trouxe números importantes”, analisa. O comportamento de 2020 foi mais consistente do que o dos anos anteriores, à exceção do período mais agudo da pandemia, em abril e maio. “Houve uma recuperação bastante forte em junho e julho, o que confirma expectativas de restabelecimento da economia”, aponta.
Em dados mais precisos, atualmente existem 19.289.824 empresas em atividade, enquanto em março eram 18.296.851. O saldo positivo deste levantamento, considerando a diferença entre as empresas que abriram e as que encerraram as atividades no segundo quadrimestre, é de 782.664 novas firmas.
Comércio de vestuário tem maior fluxo
O secretário de Governo Digital, Luis Felipe Monteiro, informa que a atividade econômica com maior fluxo entre as empresas foi o comércio varejista de artigos de vestuários e acessórios. No segmento, 68.711 empresas foram abertas nos últimos quatro meses. “Estes registros representam 32,9% de crescimento em relação ao quadrimestre anterior e 12,4% considerando o mesmo período em 2019. Demonstra que a atividade está reaquecida”, frisa.
Modalidade de empresários individuais é dominante
De todas os negócios que foram abertos no segundo quadrimestre, 944.469 são na modalidade de empresários individuais, que inclui os microempreendedores individuais (MEI). Neste nicho, os ramos de atividade mais procurados foram o do comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios e o da promoção de vendas.
Também são preferenciais nas aberturas de empresa os negócios que envolvem o fornecimento de alimentos preparados para consumo domiciliar, o serviço cabeleireiros, manicure e pedicure e ainda o trabalho com obras de alvenaria. Estes setores agregam um total de 13.783.503 empreendedores ativos no país.
Conforme a subsecretária de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas, Antonia Tallarida Martins, muitos empreendedores têm optado por se constituírem MEI na hora de dar início as suas empresas. “O MEI emprega 55,4% dos negócios ativos no país, sendo que só neste segundo quadrimestre de 2020 foram mais de 880 mil novos registros da categoria”, acrescenta.