Orientações completas para a retomada das atividades de micro e pequenas empresas brasileiras no enfrentamento do impacto provocado pelo novo coronavírus. Esse é o objetivo de um novo programa do Sebrae que já está valendo para mais de 13 milhões de negócios.
Para o projeto foram analisados quase 50 segmentos empresariais no país. A iniciativa é da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec), do Ministério da Economia, que solicitou a criação do programa ao Sebrae.
Condições financeiras e legislações
A proposta está estruturada em três etapas. Em primeiro lugar, será avaliada a forma de as MPEs se manterem no mercado. Em seguida, serão analisadas as condições financeiras e de acesso ao crédito dos empreendimentos. Por último, entram as legislações de base às medidas.
De acordo com o diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, a primeira fase ainda está em andamento, e será seguida por outra: a retomada das atividades de forma segura. Segundo ele, é preciso “ciência” na tomada de decisão, como o potencial de transmissão e a característica de cada atividade”.
Créditos para MEIs com garantia
Já o presidente do Sebrae, Carlos Melles, aponta que é a primeira vez que os créditos para pequenos negócios não são subsidiados, mas que têm a garantia do governo. “Estamos tentando colocar 30% do faturamento do ano anterior como capital de giro à micro e pequena empresa”, salientou.
Conforme o secretário da Sepec, Carlos da Costa, as orientações em relação ao projeto são para que seja trabalhada a retomada das atividades do comércio, considerando a segurança para as empresas e também para toda a sociedade.
Alimentação, moda e beleza
O Sebrae deverá priorizar os setores com maior quantidade de empresas, como é o caso do segmento de alimentação, moda e beleza, assim como os mais atingidos pela pandemia (turismo e economia criativa).
Construção civil, varejo e pet shop
Ainda foram afetados pela crise econômica, segundo o programa, as empresas de construção civil, logística e transporte, além do varejo tradicional e de artesanato. Pet shop, indústrias de base tecnológica, reparação veicular e serviços educacionais também foram prejudicados.
O Sebrae irá disponibilizar os novos conteúdos gradativamente em seu portal. Os primeiros serão relacionados ao setor de alimentação, especialmente para o microempreendedor individual (MEI), confeitarias, panificadoras, feiras livres, minimercados e mercearias.
Na etapa seguinte do programa para a retomada das atividades, as informações serão direcionadas aos empresários da construção civil, tanto da indústria quanto das lojas do segmento. Os conteúdos também contarão com materiais divulgados em vídeo e e-book.