Quem tem franquia como negócio no Brasil está passando por uma boa fase. O setor cresceu 6,4% no primeiro semestre e foi de R$ 79,496 bilhões a R$ 84,586 bilhões. Conforme a Associação Brasileira de Franchising (ABF) no último ano, o faturamento deste mercado cresceu 6,9%, atingindo o montante R$ 179,933 bilhões.
A receita deste mercado também apresentou elevação no segundo trimestre de 2019 de 5,9%, em comparação ao mesmo período do ano passado, passando a faturar R$ 43,122 bilhões contra R$ 40,734 bilhões do intervalo anterior, informou a Agência Brasil.
Para o presidente da ABF, André Friedheim, as redes de franquia estão performando acima da média dos negócios independentes. “Temos marcas fortes, ganho de escala, muita inovação”, apontou. Segundo o executivo novos formatos permitem que as empresas sejam mais eficientes na sua operação.
Conforme Friedheim, as microfranquias possuem um valor importante no crescimento do setor, porque são negócios de serviços mais baratos. As franquias tradicionais, onde o investimento é maior, apresentam um desempenho melhor.
De acordo com o dirigente, há uma propensão de empreendedores se interessarem por franchising de todos os tipos. A previsão é de que no terceiro trimestre ocorra um estímulo à abertura desses negócios, com novos franqueadores aderindo ao mercado.
As franquias que mais cresceram no segundo trimestre deste ano foram as de serviços 8,9%. Onze setores monitorados pela ABF demonstraram expansão no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2018.
Em segundo lugar, serviços educacionais expandiram 8,7%, despontando novas áreas como games e robótica, além das franquias de escolas de idiomas. Em terceira colocação surgem segmentos de comunicação, informática e eletrônicos, com alta de 8,5%.
No primeiro semestre do ano, os serviços mantiveram a liderança com alta de 9,3%, Em seguida, vem o setor de casa e construção, comunicação, informática e eletrônicos (9,1%). Educação ocupa o terceiro posto com 8,4%.
Friedheim considera que os serviços devem manter o crescimento até o final do ano. Por outro lado, também aposta na recuperação das franquias de alimentação no segundo semestre, com “modelos alternativos”.
As franquias, empreendimentos que ganham destaque no eixo Rio-São Paulo, começam a ter em expressão em outras cidades. Hoje, 45% dos municípios brasileiros agregam essas operações. Os maiores crescimentos de receita aparecem nas regiões Sul, de 9,7% para 10,3%, Nordeste (de 13,6% para 13,9%) e Centro-Oeste (de 8,4% para 8,6%).