A inadimplência das empresas cresceu moderadamente em relação ao período alto da crise e demonstra uma tendência à acomodação em 2019. Negócios com as contas atrasadas cresceram 3,30% em março se comparadas ao mesmo mês do ano passado apresentando a menor variação desde setembro de 2017 (2,62%).
As informações são da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior, mesmo com a lenta retomada da confiança, os empresários estão cautelosos em relação a investimentos, resultando em menos endividamentos.
“O crescimento econômico segue em ritmo abaixo do que era esperado do início do ano, com o mercado de trabalho demorando para reagir e a capacidade ociosa das indústrias em níveis elevados”, considera Pellizzaro.
O Sudeste lidera os cadastros de empresas devedoras no país. O número de pessoas jurídicas negativadas na região atingiu 4,60%. A região Sul vem em segundo lugar, com 3,29%, seguida do Centro-Oeste (1,99%), Nordeste (1,53%) e Norte (0,47%).
O setor de serviços é o que tem mais empresas devedoras, com um índice de 5,74%, o comércio tem 1,55% e as indústrias somam 0,93%. Outro indicador do levantamento do SPC Brasil e da CNDL é o de dívidas em atraso, que teve uma queda, de -0,11%.
As informações disponíveis do Indicador de Inadimplência das Empresas referem-se a capitais e cidades do Interior das 27 unidades da federação. Hoje, a CNDL é a principal rede do varejo no país, com 500 mil empresas que representam mais de 5% do PIB brasileiro, geram 4,6 milhões de empregos e movimentam R$ 340 bilhões por ano.